terça-feira, 7 de junho de 2011

RESUMO-O PRECONCEITO CONTRA A LINGUÍSTICA E OS LINGUÍSTAS


1. Gramática tradicional: uma “religião” mais velha que o cristianismo

           Este capítulo do livro “Preconceito Linguístico” de Marcos Bagno, aborda uma crítica ao porque a linguagem é a única disciplina que existe uma disputa entre duas perspectivas distintas: a doutrina gramatical tradicional, surgida no mundo helenístico no século III a.C., e a linguística moderna, que se firmou como ciência autônoma no final do século XIX e início do XX.

              Bagno inicia comentando que hoje, claro, já é considerado equivocado alguém dizer que a terra é plana, que o sol gira em torno da terra. Essas são ideias ultrapassadas e que começaram a ser substituídas por novas concepções mais verossímeis. Mas ninguém se espanta se um professor ainda ensina as formas arcaicas de nossa língua. Os termos e conceitos da gramática tradicional-estabelecidos há mais de 2.300 anos, continuam a ser repassados praticamente intactos de uma geração de alunos para outra, como se desde aquela época remota não tivesse acontecido nada na ciência da linguagem. Querer cobrar, hoje em dia, a observância dos mesmos padrões linguísticos do passado é querer preservar, ao mesmo tempo, ideias, mentalidades e estruturas sociais do passado.

            O ensino tradicional opera uma imobilização do tempo, um apagamento das condições sociais e histórias que permitiram o surgimento e a permanência da gramática tradicional. A língua assim, não fica sendo vista como objeto cientifico, e os mais importantes cientistas da linguagem (Grimm, Saussure, Jakobson, Sapir, Chomsky, Labov etc.) não têm lugar na galeria dos grandes pensadores que revolucionaram nosso modo de encarar o mundo e o que existe nele.

            A gramática tradicional é uma ideologia linguística, o lugar das certezas, uma doutrina sólida e compacta, com uma única resposta correta para todas as dúvidas. Já a linguística moderna, encara a língua como um objeto passível de ser analisado e interpretado, ela devolveu a língua ao seu lugar de fato social, abalando noções antigas que apresentavam a língua como um valor ideológico.

                Então se percebemos toda essa evolução de nossa língua, porque essa gramática imposta a nós não muda?Ora, o novo assusta, o novo compromete as estruturas do poder e dominação há muito vigente. O grande problema está na confusão que reina na mentalidade das pessoas que atribuem uma “crise” à língua,quando,de fato, a crise existe é na escola, é no sistema educacional brasileiro, classificado entre os piores do mundo.

2.Desvaneios de idiotas e ociosos

               Bagno cita especialmente dois nomes que são considerados por ele como perpetuadores do preconceito contra linguístas e a linguística. São Pasquale Cipro Neto e Evanildo Bechara. Bechara já declarou, por exemplo, que a função da escola é levar os alunos a falar “melhor e com os melhores” porque em sua opinião existe uma “necessidade da vigência da hierarquização e da normatividade”. Recentemente, ele acusou lingüistas e pedagogos de “recomendar” para o ensino uma coisa que tem “ineficácia cultural: a língua viva do povo”. Ora, Pasquale Cipro Neto consegue ser mais conservador e elitista ainda do que Bechara, ele fala de “linguístas defensores do vale-tudo, numa absoluta distorção do verdadeiro papel do linguísta como investigador de todos os fenômenos da língua, e não como caçador de “erros” e juiz do uso.

3.A quem interessa calar os linguístas?

              É um caso a se perguntar: há outras forças que não nos deixam falar?A quem interessa manter calados os estudiosos da linguagem?Por que o discurso gramatical tradicional, já tão amplamente criticado pelos cientistas da linguagem com bases em teorias e métodos consistentes e coerentes, ainda tem tanto vigor e obtém tanta defesa?Que ameaça ao tipo de sociedade em que vivemos representa a democratização do saber linguístico, a liberação da voz de tantos milhões de pessoas condenadas ao silencio por “não saber português” ou por “falar tudo errado”?Esperamos que a discussão feita pelo livro “Preconceito lingüístico” de Marcos Bagno, o ajude a encontrar respostas para essas perguntas tão inquietantes.


Mariane Pontes Frota

10 comentários:

  1. aaaadorei rsrsrsrs!1!!viss

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  2. os argumentos apresentados pelo autor do livro nos faz refletir ,sobre algumas cituações do nosso cotidiano ,que as vezes nos faz influenciaveis pela visão ultrapassada de pessoas que para a maioria da população são mesmo admiradas.

    ou quer dizer somos ''domenticados '' a acreditar pelo meios de comunicação que pertencemos a minória ,
    Ou simplemente cabeças pensantes .

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  3. Ao que parece, os linguistas (pelo menos aqui no Brasil) devem possuir uma baixa-estima abissal, para se apoiarem num mistificador como o Marcos Bagno. Agora vocês querem meter o bedelho no ensino escolar, tão destruído pela psicologia e falta de recursos.

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    1. Como se o ensino fosse muito bom, hoje quem chega a faculdade apresenta um nível bem abaixo do esperado para a língua portuguesa, pois vivemos até hoje de decorebas. Será que já não passou na hora de mudar? Você deve ser mais um perdido na história, no passado!

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  4. Merda, merda pura essas teorias de Bagno e companhia, pelo amor de Dios!!!!Pura bobagem escrita com uma roupagem científica para enrolar os bobos.

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  5. Merda, merda pura essas teorias de Bagno e companhia, pelo amor de Dios!!!!Pura bobagem escrita com uma roupagem científica para enrolar os bobos.

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  6. Bom, para discordar de uma teoria você tem que apresentar a sua teoria ou uma teoria que você simpatiza, e não criticar sem saber argumentar.

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  7. O autor deste texto deveria, pelo menos, conhecer um pouco a gramática antes de falar mal dela. Encontrei infrações gramaticais nos seguintes trechos: "RESUMO-O PRECONCEITO CONTRA A LINGUÍSTICA E OS LINGUÍSTAS", "uma crítica ao porque a linguagem", "a única disciplina que existe uma disputa", "gramática tradicional-estabelecidos há mais de 2.300 anos", "como se desde aquela época remota não tivesse acontecido nada", "A língua assim, não fica sendo vista como". Nem li o restante, porque, para tripudiar dos conhecimentos gramaticais, é preciso ter pleno conhecimento deles. Senhor redator, estude um pouco de gramática. Faz bem ao cérebro.

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  8. estudo Historia, só posso afirma-los, que li o texto e utilizei um pouquinho de tudo, inclusive os comentários, minha conclusão, que enriqueceram, meus conhecimentos, Duvidas ao longo do meu conhecimento, eu sano todas elas.

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  9. estudo Historia, só posso afirma-los, que li o texto e utilizei um pouquinho de tudo, inclusive os comentários, minha conclusão, que enriqueceram, meus conhecimentos, Duvidas ao longo do meu conhecimento, eu sano todas elas.

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